10 fevereiro, 2008

"O meu dia começa por procurar os óculos" - Pedro Vasconcelos





Aconteceu. Foi mais um encontro. A nossa amizade com Pedro Vasconcelos já vem de trás, desde o 1613. Hoje foi um reencontro com o criador das personagens que se tornaram queridas para nós, Peter Cornellius, a Nenu, D. Manuel, Molan e a partir do 1617, o pequeno Miguel começa a ganhar terreno. Pressinto que no 1621 vamos ficar rendidos ao filho de Nenu.

Pedro Vasconcelos é um contador de histórias, por isso o encontro que durou cerca de duas horas passou rapidamente e apesar do sol forte ninguém deu pelo tempo passar.

As conversas andaram sempre à volta do 1613, 1617 e o próximo livro 1621, o fim da primeira trilogia, que voltas vamos dar, tantas aventuras. À partida parece estar tudo já definido na cabeça do nosso escritor.

Gosto da atenção que dá aos detalhes e fiquei com a sensação que terei de reler os dois livros novamente, tudo tem significado, até as capas, nada é por acaso. Muito trabalho de investigação, de leitura foi feito para chegar a estas histórias.

Um novo projecto começa a nascer, um livro longe de Nenu, uma história algures no século XIX. Ficamos à espera.

Trouxe-nos os cheiros do âmbar e a tiara que D. Manuel ofereceu a Nenu. Falou-nos das suas pesquisas e do seu método de trabalho.

“Escrever é como uma viagem fora de auto-estrada, vamos parando em sítios que não se estava à espera”.

Aconselhou-nos algumas leituras, como o Padre António Vieira de quem é grande admirador.

Mais não vou contar! Ficou prometido que nos voltaria a visitar, aguardamos o 1621.


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