30 outubro, 2008

Surreal

“Pediu um garfo e uma faca ao empregado e, pela minha santa bola, coberto apenas pelo exíguo “com licença”, chamou a ele os poucos poderes de coordenação motora que lhe restava e entreteve-se a invadir a minha frigideira de barro e a cortar, com muito jeitinho, uma ponta de meu bife.”


pág. 178/179

Simplesmente genial. Parece uma cena para um programa de apanhados. Adorava ter visto a cara de MEC e do empregado.

29 outubro, 2008

Que raio...



“(…) – embora, raios me partam, ainda não tenha conseguido marcar uma mesa no El Bulli, o restaurante catalão onde o irrequieto cozinheiro e inventor divulga alegremente os insólitos descobrimentos dele.”

O El Bulli pede desculpa por não poder aceitar mais reservas para 2009??? O que terá este restaurante de tão especial?

27 outubro, 2008

Opinião pessoal

“Para os portugueses, era comer sardinhas! Peixinho! Sardinhas, tomates, pimentos, salsa…”


É oficial este livro dá-me fome!!

26 outubro, 2008

Sem merda, nada feito

"Sem merda, nada feito" é o título da primeira crónica do livro Em Portugal não se come mal de Miguel Esteves Cardoso. Aqui ficam alguns excertos:

«Sub-repticiamente, sem notícia nem protesto, vão desaparecendo da mesa portuguesa iguairias essenciais - algumas por causas naturais, porventura inevitáveis, mas outras por determinação burocrática, assentes na dupla-prensa com que presentemente nos comprimem os testículos e ovários e oprimem as papilas e as barriguinhas» p. 13

Como é conhecido, parte desta "tortura gastronómica" é imposta por Bruxelas. «Assim aconteceu com o azeite (...) e o vinho tinto. Presentemente elogiam-se muito as amêndoas, o chocolate com mais de 70% de cacau o presunto ibérico artesanal.» p. 13

«Com a ditadura de Bruxelas, o caso é muito preocupante. Em vez de encolher os ombros, os nossos governantes, sempre os melhores alunos da Europa na fase condescendente de Delors, apressam-se a aplicar todas as normas emanadas - e isto é muito imortante - de países onde se come mal e porcamente.»p. 14

Comer é um prazer e nós portugueses temos uma das melhores gastronomias do mundo. No entanto, sinto-me desconfortável quando um legislador que não percebe nada de boa comida, de tradições alimentares e hábitos culturais tenta normalizar o que não pode ser normalizado, ou que não deveriamos deixar normalizar.

Quantas gerações foram criadas com o galheteiro na mesa? E as colheres de pau? E os recipientes de barro? E a aguardente? O paõ para a açorda? O queijo da Serra?

Com a mania de querermos aplicar a lei sem adaptações à nossa cultura, depois temos exageros, excessos e incongruências. E quem perde, quem é?

23 outubro, 2008

Profissionais do queixume

“Para um português, esteja fresquinho ou calor, está sempre “desagradável”. O verão faz saudades do Inverno; o Inverno do Verão; há sempre vento; não se pode estar cá fora; não vale a pena ter esplanadas; está demasiado calor; não se pode trabalhar; olha a corrente de ar…”

Não poderia ser mais verdade. Há pessoas que são profissionais no queixume. Se não encontraram motivos no tempo, economia, vida familiar, profissional arranjam uma dor de costas de cabeça ou outra coisa do género. Do que mais gosto de ouvir, dentro dos queixumes, é o trânsito, que está sempre infernal (transportes públicos, já ouviram falar?) e da falta de tempo.

Que tal queixarem-se menos e aproveitarem essa energia para fazerem algo proveitoso?

19 outubro, 2008

Na rádio...

Miguel Esteves Cardoso fala do seu Em Portugal não se come mal no programa Pessoal... e Transmissível.

Sinopse:


«A vida come-se quando é boa; come-nos quando é má. E às vezes, quando menos esperamos, também comemos com ela.Em Portugal, antes de todas as coisas, está o tempo. Este tempo. Este que ninguém nos pode tirar e a que os povos com tempos piores chamam, à falta de melhor, clima.Depois, há coisas que crescem por causa do tempo. Como o tempo é bom, são boas. E como as coisas são boas, os portugueses querem comê-las. E comem-nas bem comidas, o mais perto que possam ficar da nascença. Ou da cozinha.O resto bem pode ser do pior que pode haver no mundo. Não é.Mas pode ser, à vontade do freguês, conforme se quiser.Que se lixe esse resto. Quando se come bem – quando se come a vida à nossa volta, com Portugal inteiro à nossa volta, a comer connosco – esse resto também não parece grande por aí além.Que fique por saber como realmente se vive em Portugal. Mas que fique claro que comer, não se come mal. Que sirva este meu livro de gordo desmentido.E o resto é como o resto. Ah, Portugal, nosso restaurante! Mas, quando se come bem e se está com a barriga cheia, o resto que está mal é como o resto de um bom almoço.Alguma coisa há-de fazer-se com ele.Porventura deliciosa, se faz favor.»



Miguel Esteves Cardoso

Leitura do mês



Ups,

esqueci-me da foto de grupo. Desta vez fomos até ao Museu da Electricidade, o sitio ficou aprovado, simpático, sossegado (q.b.). A conversa girou, no ínicio, em torno da crise. Qual crise? (pergunta Dancing Kid com ar completamente descontraído), aquela que se vê no telejornal e se ouve na rádio, aquela que já parece da familia de tanto se falar nela...
Enfim siga... Humor… os contemporâneos são um seca ou não?? A Minerva defende, com conhecimento no assunto, que eles estão a inovar, a mim parece-me mais do mesmo, mas ainda com menos graça. Falou-se de séries, de filmes e o que se passa no teatro.

E de livros? Claro que se falou e muito… nos Passos de Magalhães, agradou, a Laranjinha insiste na falta de informação, no que toca a gastronomia (não fosse ela uma fada da cozinha), quanto a mim, apesar de ter gostado prefiro os outros, este foi o que menos me entusiasmou apesar de ser aluna de história.

Consensual foi a opinião sobre o trabalho de pesquisa para o livro (bem documentado) e de que o Gonçalo não tem muito jeito para a câmara de vídeo, a escrita e as fotos são sem dúvida o seu forte.

Leituras de que se falaram: Saramago, Valter Hugo Mãe, Boris Vian, Orhan Pamuk…

A sugestão para o próximo mês é surpreendente e apetitosa. Miguel Esteves Cardoso com o livro Em Portugal não se come mal.

Um livro de crónicas sobre a nossa gastronomia e tendo em conta o tema do livro, foi sugerido (dancing kid) que o próximo encontro seja na Casa do Alentejo no dia 22 de Novembro (sábado à noite). Matamos vários coelhos com uma cajadada só: vamos jantar e sair, saímos do nosso registo habitual e ainda confirmamos se, aquelas pessoas que dizem não ir aos encontros por serem de manhã desta comparecem ou não….

Boas leituras.

18 outubro, 2008

Encontro,

amanhã ás 10h30 no Museu da Electricidade. Combinado?

Vamos falar do Nos Passos de Magalhães.

Até lá boas leituras.

11 outubro, 2008

Encontro,

não será este Domingo, mas sim no dia 19 de Outubro, ainda não foi decidido qual o Museu. Talvez o do Oriente.... Já lá foram?

Boas Leituras!