03 agosto, 2006

O velho Adamastor


"O mundo afinal não acabava no cabo das Tormentas. O Adamastor talvez fosse apenas uma baleia com a cauda de fora.

Esta viagem começa cinco séculos depois. Bartolomeu Dias dobrou o cabo da Boa Esperança em 1487."

In A lua pode esperar, pág. 93

Os portugueses que andaram por esses mares fora, sem saberem com o que podiam contar, tinham mesmo de ser muito corajosos.

Onde anda essa coragem nos dias de hoje?

6 comentários:

Elisheba disse...

UMA OPTIMA PERGUNTA!!!



ACABOU NO INICIO DO CONSUMISMO E COMODISMO!



Beijocas

Anónimo disse...

Não existe! Cada vez o homem é mais egocêntrico!

Vegana da Serra disse...

Não te esqueças que os descobridores eram essencialmente ladrões e bandidos, e a esses, não falta coragem...

Laranjinha disse...

Acho que devido a alguns acontecimentos da nossa história, os portugueses refugiaram-se no Estado. O Estado é pai e cuida de nós. E fomos deixando de ser corajosos e empreendedores. Recebemos dinheiro da UE e em vez de criarmos empresas, modernizar a agricultura, investir na formação. Não. Muito boa gente que rcebeu o dinheiro, fez o mínimo obrigatório e com o resto remodelou a casa e, possivelmente comprou um carro de último modelo! E ai, que somos uns coitadinhos, uns probrezinhos, e mais inhos que tais.
No entanto, quero acreditar que a mentalidade está a mudar. Que os jovens sabem que têm que investir na sua formação e não pensar que o mercado de oportunidades se cinge a este rectângulo à beira mar plantado.
É certo que cada vez somos mais consumistas. Incomoda-me o consumo supérfluo. Incomoda-me quem vai de férias e pede um empréstimo, pois acha que merece e até porque o vizinho do lado já foi...
Incomoda-me que gente não leia. Incomoda-me que gente nova esteja à espera que os pais lhe dêem tudo e que consumam tudo o que a moda dita! Enfim, já falei demais!

Totoia disse...

Tb acho que passamos dos 8 aos 80, antes erámos audaciosos e partiamos a descoberta de olhos fechados mesmo que fosse para saquear, roubar ou impôr a nossa presença noutros povos. Hoje ficamos em casa sentados a ver a Floribela ou os Morangos, a espera de dias melhores e enquanto esses dias não chegam, resta-nos passar a vida a queixar-nos do estado que não dá, do chefe, da professora, do pai, etc...

Como disse a Visionária somos uns consumistas, comodistas e ainda acresento pessimistas...

Mas como está escrito num post mais atrás, podemos tentar mudar isso, apenas com um grupo de pessoas.

Eu acredito que podemos ter um Portugal melhor. Deixem-me manter a esperança...

Pata disse...

Estou convencida que não somos hoje diferentes do que eramos por essa altura, precisamos só de compreender isso e... então andar para a frente.
beijinhos